Quais são os tipos de estoque que existem?

De um lado, estoque parado e produtos perdendo a validade e se tornando obsoletos. De outro, falta de produtos para atender os clientes que acabam por comprar de um concorrente e ficam mais insatisfeitos com a marca.

O que fazer?

Certamente, a resposta não está nos extremos. E, para equilibrar isso, é muito importante saber com que tipo de estoque você está lidando.

Nem todo estoque é igual!

Se você tratar tudo da mesma maneira, enfrentará problemas na gestão de seus produtos estocados.

Afinal, problemas diferentes merecem soluções diferentes.

Acompanhe conosco para saber quais sãos os principais tipos de estoque e a importância de fazer uma boa gestão dele.

Por que investir em gestão de estoque

O gerenciamento da cadeia de suprimentos, ou Supply Chain, tornou-se um tema extremamente em alta, sendo essencial para o crescimento empresarial.

Toda empresa busca encontrar um ponto perfeito em que possui a quantidade ideal de produtos no momento certo para suprir o número exato demandado por seus clientes, nem mais produtos nem menos.

Mesmo isso sendo inatingível, o objetivo é chegar próximo a esse ponto ótimo. Para tal, é importante que a companhia tenha um grande conhecimento de diversas áreas e as ferramentas certas para auxiliá-la nesse processo.

Nesse cenário, a gestão de estoque exerce um papel de suma importância, tendo em vista que está diretamente relacionada à meta de encontrar o estoque ideal para cada SKU.

Para que isso ocorra, é necessário que o gestor tenha conhecimento dos diferentes tipos de estoque e como cada um deles afeta a companhia

Além disso, é interessante que o gestor de estoque compreenda a importância de seu papel.

Uma excelente ação de marketing, por exemplo, pode acabar se revertendo em um problema para a empresa se ela não conseguir cumprir com a promessa que fez. Afinal, se o cliente chegar em uma loja e não encontrar o produto que desejava, sairá frustrado com a marca e o negócio terá deixado de ganhar o valor dessa venda.

Sendo assim, uma boa gestão de estoque permite que o negócio tenha consciência das variáveis que afetam a disponibilidade de produtos, a diminuição ou aumento das vendas, a preferência por um produto ou outro e as situações que geram aumento dos custos logísticos.

A importância de conhecer os diferentes tipos de estoque

Já falamos em alguns artigos nossos sobre o custo total de estoque e abordamos novamente o assunto sucintamente na introdução, mas essa é uma ideia muito importante e que merece ser frisada.

Basicamente, ao lidar com estoques, temos que analisar dois principais tipos de custos que estão intimamente relacionados: o custo da falta e o custo do excesso.

O primeiro deles está relacionado às perdas incorridas por não termos o produto na quantidade e no momento que o cliente precisa. Aqui também entram custos mais intangíveis como diminuição do nível de satisfação com a marca.

Agora, imagine que para não ter problemas com isso, você decida investir tudo em estoque. Depois de um tempo, alguns produtos começam a passar da validade, alguns chegam a se tornar obsoletos e os custos de armazenagem se elevam. Esses são os custos do excesso.

O interessante aqui é perceber como isso se trata de uma balança. Dessa maneira, optar por qualquer um dos extremos não é uma boa opção, é recomendável buscar um ponto ótimo entre os dois custos.

Para que isso ocorra, é essencial escolher o tipo de estoque mais adequado ao momento do seu negócio. Não adianta, por exemplo, optar por manter apenas o estoque de segurança sabendo que festividades estão próximas e haverá um grande aumento nas vendas.

Cabe ao gestor de estoques entender os contextos de necessidade de cada um dos tipos de estoque e saber quais medidas implementar para cada situação. Dessa forma, os resultados poderão ser bem mais satisfatórios.

Tipos de estoque

São muitos os diferentes tipos de estoque existentes. Conhecê-los faz com que sua empresa esteja em melhores condições para administrar seus estoques e saber como lidar com cada um de maneira mais eficiente.

Aqui, listamos 12 tipos, cada um apresentado e explicado a seguir.

Estoque de segurança

O estoque de segurança é um dos principais tipos de estoque e é aquele que garante um produto ou um suprimento para 4 ocasiões:

  1. Quando há uma demanda alta inesperada;
  2. Quando a oferta para repor o item é menor do que o esperado;
  3. Quando o tempo de ressuprimento é maior do que o esperado;
  4. Quando há adiantamento de pedidos.

Nesse sentido, trata-se de um estoque de precaução, uma espécie de seguro contra eventuais problemas do dia a dia. Está entre um dos tipos mais comuns de estoque usado pelas empresas.

Estoque regulador

Este tipo de estoque é normalmente utilizado em empresas com várias unidades/filiais.

Para que haja um equilíbrio e todas as unidades sejam devidamente abastecidas, uma delas, normalmente de maior espaço físico, é responsável por armazenar esse estoque regulador.

Nesse cenário, essa unidade fica com um estoque mais robusto para suprir eventuais faltas nas outras localidades.

Estoque de antecipação ou sazonal

É bem comum empresas venderem mais em algumas épocas do ano. Isso pode ser facilmente notado em fabricantes de ovos de chocolate ou em fabricantes de sorvete, que vendem mais na Páscoa e no verão, respectivamente.

Nesses casos, as empresas tendem a antecipar seus estoques, produzindo ou comprando mais produtos. Dessa forma, minimizam ou até mesmo deixam de ter problemas relacionados ao não atendimento de pedidos de seus clientes.

Sendo assim, o estoque de antecipação, ou sazonal, é aquele que a empresa forma quando antecipa sua produção para atender a uma demanda futura esperada.

É importante salientar que esse tipo de estoque também pode ser usado em situações em que o fornecimento é inconstante, o que pode prejudicar o atendimento de pedidos.

Estoque Máximo

O estoque máximo refere-se à quantidade máxima de unidades que podem ser armazenadas no estoque em um determinado período.

É de extrema importância ter esse número em consideração para não acumular muitos pedidos e comprometer o espaço disponível para estocagem.

Alguns distribuidores e varejistas às vezes preferem comprar de seus fornecedores com um modelo de estoque máximo, assim diminuem custos de frete e adquirem um poder de negociação maior.

Contudo, esse método possui altos custos de manutenção e ocupam espaço que poderia ser utilizado para armazenar outros produtos.

Estoque Médio

O estoque médio representa a quantidade média de itens, cobertura ou capital mantidos em estoque em um período específico.

Esse período pode ser diário, semanal, mensal e até anual, dependendo do giro de estoque da distribuidora.

Quando a empresa trabalha com uma diversidade de itens, esses cálculos podem ser feitos dividindo os produtos por categorias.

No caso de mercadorias perecíveis, é extremamente importante que essa métrica seja controlada com grande frequência.

Estoque Mínimo

O estoque mínimo refere-se à quantidade mínima desejável para uma determinada mercadoria dentro do estoque.

Nesse caso, quando uma determinada unidade começa a estar próxima desse referencial, deve-se solicitar um novo pedido de compra. Por conta disso, é também chamado de Ponto de Ressuprimento.

O estoque mínimo, dessa maneira, é utilizado para prevenir eventualidades que prejudiquem as vendas.

Estoque em trânsito

O estoque em trânsito refere-se aos produtos que estão sendo transportados naquele determinado momento.

O período contado é aquele em que esses produtos permanecem dentro dos veículos em que estão sendo conduzidos.

Mas como controlar esse dado ajuda a empresa?

Com essas métricas, os gestores ficam com uma noção mais precisa do estoque global e de quanto tempo as mercadorias permanecem nos veículos de transporte. Dessa maneira, conseguem tomar melhores decisões acerca do quanto produzir de alguma unidade.

Estoque de canal

Estoque de canal é aquele que se encontra no canal de distribuição.

Muitos costumam confundir esse termo com estoque em trânsito, no entanto cada um possui um objetivo diferente.

Enquanto o estoque de canal tem como função gerar capilaridade de estoque e proximidade do cliente e, por conseguinte, aumentar o nível do serviço, o estoque em trânsito é somente um estágio temporário entre um elo e outro da cadeia.

Para deixar mais claro, o primeiro está parado dentro do CD de alguém, seja distribuidor ou varejo. Já o outro está em locomoção, em caminhão, navio, avião…

Estoque Consignado

Para diminuir os custos de estoque no canal de vendas e aumentar o nível de serviço ao cliente final, fornecedores de diversos setores adotam práticas de estoque consignado.

Esse tipo de estoque é feito por uma empresa consignante que fornece um volume de mercadorias a um terceiro, o consignatário.

Nesse caso, a propriedade dos produtos continua sendo de quem os está fornecendo.

Em geral essa prática é adotada por fabricantes ou distribuidores e realizada com seus atacadistas, transportadoras e pontos de venda.

É importante ressaltar que o estoque consignado existe durante um período. Passado esse tempo, os itens são retornados à empresa consignante.

Algo que é comum observar aqui é a venda consignada, ou seja, enquanto essas mercadorias estiverem com o consignatário, ele pode expor os produtos e vende-los, repassando a parte do faturamento que cabe ao fornecedor após a venda.

Dropshipping

A raiz da palavra dropshipping tem dois significados: drop, que na tradução é largar e shipping, que significa remessa.

Esse termo representa tanto um modelo de varejo quanto um tipo de estoque em que o vendedor não mantém nenhum produto estocado. Nessa situação, o consumidor faz uma compra em uma loja virtual, que encaminha o pedido para o fornecedor e esse, por sua vez, envia o produto em nome da loja na qual foi feita a compra.

Sendo assim, o dono da loja atua como um intermediário para a compra, funcionando como uma vitrine terceirizada. Entretanto, todos os processos de reserva e entrega são realizados pelo fornecedor original.

O dropshipping é um modelo bastante adotado pelos e-commerce diante da consolidação de diversas outras tendências do mercado atual que impulsionaram mudanças na logística.

Estoque Inativo

O estoque inativo é composto pelos itens que não tiveram saída em um determinado período, normalmente obsoletos. Assim, representam prejuízo para a empresa, pois estão ocupando espaço, têm custos de manutenção e não geram resultados.

É importante eliminar esse tipo de estoque o mais rápido possível, tentando realizar trocas com fornecedores ou fazer promoções dessas mercadorias.

Estoque de ciclo

Esse tipo de estoque ocorre principalmente em empresas que operam com vários produtos ou em que as operações para a fabricação de uma mesma unidade são divididas em múltiplos estágios.

Pensemos que um fabricante possua 4 tipos de produtos diferentes. Ele não consegue produzir todos ao mesmo tempo, mas os vende simultaneamente. Assim, ele deve programar seu estoque para atender à demanda de uma só vez, mesmo que a linha de produção não consiga.

Já no segundo caso, o de um produto dividido em muitas etapas, é necessário que a empresa fabrique, por exemplo, as peças que serão usadas e, em um momento posterior, use-as para a confecção do produto final.

Dessa maneira, as peças necessárias são guardadas em um local e só são transportadas quando forem ser usadas, criando um estoque intermediário.

A limitação da empresa não poder confeccionar muitos produtos ou somente um produto mais complexo ao mesmo tempo é o que causa o estoque de ciclo.

Conclusão

Como vimos em nosso artigo, é importante fazer uma boa gestão de estoques e, para isso, conhecer cada tipo de estoque existente é essencial.

Aqui, elencamos 12 conceitos diferentes, tentando englobar todos que são mais conhecidos e usados no dia a dia das empresas. Com isso, você poderá fazer uma gestão melhor do seu estoque e estará mais preparado para os diferentes cenários que a sua companhia venha a entrar.

Sem dúvida, o primeiro passo para atingir bons resultados é entender a realidade do negócio e as opções que estão à sua disposição. Assim, não basta somente conhecer os termos que apresentamos aqui, mas saber aplicá-los e adaptá-los à situação em que você se encontra.

Além disso, esteja sempre atento ao custo total de estoque. Não penda muito para nenhum lado da balança!

Aqui na Plannera, nós fazemos projetos de consultoria sob medida para sua empresa definir o nível ideal de cada tipo de estoque, minimizando o custo total.

Saiba mais sobre a nossa solução de Gestão de Estoques e entre em contato conosco!

Além disso, queremos ouvir de você! Você já conhecia esses tipos de estoque? Como que a sua empresa trabalha com eles? Escreve aí nos comentários!

Gabriel Moreira
Gabriel Moreira

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Assine a nossa newsletter e fique por dentro dos melhores conteúdos!